Que marcas você quer deixar no planeta? Calcule sua Pegada Ecológica.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

SOBE NÚMERO DE CIDADES COM RISCO DE DENGUE EM 2010


Esta manchete (bem pequena para a seriedade da questão) saiu no Jornal a Folha de São Paulo ontem no caderno Cotidiano - C4.
O governo errou feio em sua previsão para o número de cidades com risco de surto da dengue para o ano que vem. Em um levantamento divulgado na terça-feira pelo Ministério da Saúde foram encontradas larvas do Aedes aegypti em 112 municípios contra 76 em 2008, um aumento de cerca de 47%. Os números são alarmantes, vejamos:


* O avanço da doença disparou nos últimos 20 anos;

* Só no ano passado foram 477 vítimas fatais;

* Os 112 municípios mencionados englobam 51,1 milhões de pessoas, contra as 32,2 milhões do levantamento de 2008;

* A amostra analisada este ano (157 cidades) foi quase a mesma de 2008;

* 10 cidades estão sob alerta vermelho: Camaçari, Ilhéus e itabuna (BA), Gov. Valadares e ipatinga (MG), Barretos e Pres. Prudente (SP), Mossoró (RN), Palmas (TO), Cáceres (MT), segundo o Ministério, o risco de surto é grave;

*As outras estão sob alerta, entre elas as capitais: B. Horizonte, Brasília, Fortaleza, Goiânia, Recife, Rio de Janeiro e Salvador. São Paulo ainda não finalizou os estudos;

Para o Ministro Temporão é questão de clima, já o epidemiologista José Ricardo Pio Marins (UNB) o que os estudos mostram é que o governo não tem feito a lição de casa, pois o que acontece é uma falha enorme no controle do vetor:
"Se as condições ambientais favorecem a proliferação do mosquito, as regiões que têm dengue, sabem disso e têm que fazer campanhas e ser mais incisivas no controle."




O 'óbvio ululante' é que as deficiências na estrutura urbana e a falta de cuidado da população com a água parada são os motivos principais. Eu, você, nossas famílias, amigos e vizinhos é que precisamos nos mobilizar e dar um basta nisso tudo. Pequenos cuidados, higiene, limpeza urbana, tudo isso NÓS podemos fazer. Para que ficar esperando medidas de um governo que está preocupado com a energia nuclear do Irã, nós é que seremos vítimas. Só quem já foi vítima ou teve alguém querido acometido deste mal é que sabe do que falo. Tenho plantas em meu quintal, tenho bichinhos de estimação, nunca encontraram o vetor em minha casa, sinal de que faço a minha parte e não faço nada mais do que a minha obrigação, mas como saber se o meu vizinho faz? Mobilize sua rua, seu bairro. Todos sabem muito bem o que fazer, basta fazer!

Precisamos tomar atitudes, atitudes como as de Ioshiko Nobukuni, transcrevo a seguir o e-mail que recebi dela tempos atrás. Ioshiko é bancária aposentada e sobrevivente da dengue hemorrágica, leiam o seu depoimento:

"A TVTEM só passou uma rápida entrevista,quase nada do q. faço, mas teve repercussão positiva. Muitas pessoas falaram comigo. Agora, quando peço algo a respeito, sou prontamente atendida. Só para citar um fato: a m. secretária me relatou q.perto da casa dela, um borracheiro clandestino jogou dois pneus velhos num matagal q. pertence à prefeitura. Ligamos p. os responsáveis, falando dos pneus e do mato. Imediatamente, recolheram os pneus, e quanto ao mato, foram conversar c. a m. secretária,q. irão tomar as providências. Estamos de olho, passados alguns dias, se o mato continuar, vamos voltar à cobrança! Ah, e elogiei o encarregado de Combate à Dengue, os agentes estão ensinando a colocar detergente de cozinha na água, acho q. agora vai dar certo, mas o pessoal tem q. publicar isso em toda a mídia, aproveitar q. passaram no JH, para animar o povo q. anda tão apático, dizer em Alto e Bom Som, q. lutem, q. agora vai dar certo, todos tem q. colocar “Mãos à Obra”, e tb. usar o repelente de cravo, foi o melhor q. já pesquisei, basta uma gota e o mosquito foge do cômodo.Tem grande poder de repelência, os pescadores que o digam. Também, tem uma pessoa q. aprecio sua atitude: aqui na cidade tem um pessoal acomodado, eles compram lotes e deixam “valorizando”, sem investir nada, cheio de mato. Uma sra, ela é casada com um bombeiro, abordou um desses “folgados”, o chamou de “aqueles nomes”, q. se não limpar o lote, vai denunciá-lo,falou com um rapaz desempregado,q.faz “bicos”. Agora,se deixar lote sujo, vai ser denunciado.Assim são os cidadãos brasileiros (alguns)."
nobukunister@gmail.com

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

MARULA OU AMARULA (Sclerocarya birrea)



A Marula (Sclerocarya birrea) (skleros dura, karya noz - referência ao miolo dentro da casca) é uma árvore de tamanho mediano, originária do bioma das savanas da África do Sul e da região da África oriental, caracteriza-se por um tronco único acizentado e uma copa de folhas verdes, podendo atingir cerca de 10 metros de altura em baixas altitudes e pradarias abertas, típicas da savana. A planta é dióica (possui flores masculinas e flores femininas separadas), perene e sua flores são pequenas, de cor vermelha, emitidas no início da primavera. Por serem dióicas, para que ocorra a frutificação, há necessidade do plantio de plantas femininas e masculinas no mesmo pomar. Os frutos podem ser ovóides ou globosos, e contém polpa suculenta, doce-acidulada e uma semente, bastante conhecida pelo seu uso no licor da marca Amarula®, produzido através da fermentação de seu suco. A distribuição das espécies através da África seguiram a migração do povo Bantu, por ter sido um importante item da sua dieta desde os primórdios.
Nomes comuns: Maroela (Afrikaans), Boran (Quênia) - didissa ; Inglês - jelly plum, cat thorn, morula, cider tree, marula, maroola nut/plum (noz de marula ou ameixa de marula); Hausa - dania; Kamba (Quênia) - muua; Kwangali - ufuongo; Lovedu - marula; Maasai (Quênia) - ol-mangwai; Meru (Quênia) - mura; Ndebele - iganu, ikanyi, umganu, umkano; Pedi fruta - lerula, marula; Pedi árvore - morula, merula; Pokot (Quênia) - oruluo; Português (Moçambique) - canhoeiro; Ronga (Moçambique) - ncanhi; Sebei (Quênia) - katetalum; Shangaan - nkanyi, inkanyi; Shona - mutsomo, mukwakwa, mushomo, muganu, mupfura; Shona fruta - pfura; Shona árvore - mufura, mafuna, marula; Swahili, Diga (Kenya) - mngongo; Swati - umganu; Swazi - umganu; Tonga - tsua, tsula, umganu; Tswana - morula; Tugen (Quênia) - tololokwo; Zulu fruta- amaganu, semente - umganu, árvore - umganu.
Relacionamentos: pertence a mesma família Anacardiaceae da manga, da castanha de caju e do pistache.



Usos

O núcleo da semente é rico em proteína e gordura, com um sabor de nozes, constitui uma boa fonte de alimentação se consumida diretamente.
As frutas são comumente comidas frescas ou preparadas em sucos, geléias e licores - sendo entre estes o mais conhecido o da marca Amarula® (alcoólico).
O óleo de marula feito a partir do núcleo da semente, é usado na África como protetor antioxidante da pele.
Pode ser usado na fabricação de combustível etanol.
A casca da árvore pode ser usada no tratamento e na profilaxia da malária.
O chá das folhas da marula podem ser usados no tratamento de má-digestão.
A fruta da marula é também fonte de alimentação de vários animais na África meridional, por exemplo: elefantes, javalis e macacos.



No Brasil encontramos o autentico licor de marula a um preço um pouco salgado, mas vale a pena. Seu sabor é delicado e delicioso. Mas como brasileiro sempre dá um "jeitinho" experimente fazer o seu licor "tipo amarula", não digo que seja identico, mas fica muito bom, veja receita no RECEITAS DA DONA CIDA

FONTES DE PESQUISA
TEXTO: WIKIPEDIA
FOTO: WWW.MELHORAMIGA.COM.BR

terça-feira, 17 de novembro de 2009

ABELHAS NO MEU MANJERICÃO



















PERESKIANOS - VOCÊ SABE QUEM SÃO E O QUE FAZEM?


Vou mais além, você sabe o que é uma Peréskia aculeata?

Pereskias são cactáceas, ou seja, cactos, que se desenvolveram na forma de trepadeiras. Existe quase uma centena de espécies e variedades. Só algumas delas tem as propriedades da Aculeata, que é ser comestível, para humanos e animais e ter vitaminas e sais minerais importantes para nutrição, alem de diversas propriedades medicinais. O sabor de suas folhas lembra o da ervilha torta, ou orelha-de-padre.
Pereskias com propriedades similares à Aculeata, tem folhas com cores variadas, mas seus frutos são parecidos com os desta. Algumas com flores brancas e amarelas, outras brancas e vermelhas ou totalmente vermelhas, muito parecidas com flor de maracujá. Os frutos, na cor amarela, laranja ou vermelha, como um pequeno limão, curiosamente com folhas e até finos espinhos no próprio fruto, assim como ocorre no figo da índia.
Suas folhas são muito suculentas, as flores aparecem em profusão e seu fruto é pequeno, do tamanho de uma acerola.







Suas folhas e flores conteem cerca de 25% de proteína digestível, facilmente aproveitável pelo organismo, em quantidade equivalente à carne do boi. Por isso é chamada popularmente de “carne verde” ou “carne-do-pobre”. Suas folhas e flores contem vitaminas A e B, e ferro, cálcio e fósforo. Seus frutos são ricos em vitamina C. Tem proteína em quantidade que é 15 vezes maior que no couve, 20 vezes maior que na alface, 10 vezes maior que no espinafre, três vezes maior que no milho, 30% maior que no feijão.
São consumíveis, as folhas, as flores e os frutos. Folhas ou flores, em saladas, refogadas, em omeletes, tortas. São ingredientes para fazer o macarrão verde. Podem ser cozidas, com o feijão, o angu ou para fazer molho para macarronadas, lasanhas, ou outros. Podem ser utilizadas em sucos e vitaminas, junto com laranja, maçã, beterraba, etc. As folhas substituem o quiabo em alguns pratos da culinária mineira e baiana. Os frutos podem ser utilizados em sucos. As folhas podem ser utilizadas para alimentação de aves e pequenos animais (galinhas, pássaros, coelhos, etc.).GRANJA PARAISO

Já fizemos vários posts sobre a peréskia aculeata, ela já está se tornando famosa, é o tão falado ORA PRO NÓBIS, um dos carros chefes da tradicional cozinha mineira e que vem conquistando cada vez mais adeptos devido ao seu alto valor nutricional, excelente sabor, além da rusticidade e fácil manejo.

Resumindo, pereskiano é todo aquele que divulga as qualidades da peréskia aculeata e faz também pesquisas e distribuí mudas, sementes e estaquias para a disseminação desta planta tão útil e que pode seguramente, erradicar a fome crônica que existe em nosso país. Conheçam aqui a história da Srª Ioshiko uma das pereskianas mais apaixonadas que tive o prazer de conhecer, bendita internet...



Sempre tive a mania de procurar nas plantas, alívio para alguns males. Sobre plantas medicinais, venho pesquisando há muito tempo. Desde que meu pai faleceu de câncer gástrico, em 1985, a minha mãe tinha muitos problemas de saúde, ela faleceu de Mal de Alzheimer e complicações de osteoporose em 1997. Eu me perguntava porque a medicina não tem cura para muitos males. Receitam medicamentos de terríveis efeitos colaterais, e ainda dizem que não tem cura. Ficou na memória, ainda adolescente, o meu pai dizia (ele lia jornal japonês,naquela época já se falava que consumir verduras e legumes era saudável) que se a gente consumir todas as verduras e legumes, teríamos abastecido nosso organismo com todos nutrientes necessários para a nossa saúde. A minha mãe também, falava do jornal, que a cor amarela, da abóbora, o verde de outras plantas, que cresceram ao sol, tinha muitos nutrientes necessários à nossa saúde. Então, sempre li sobre saúde com comida natural.
Agora, com a Internet, as informações são em tempo real. Hoje, todos reconhecem que legumes, verduras, cereais, sementes, frutas são nossos melhores remédios. Sou uma pessoa de compleição fraca, mas, só vou ao médico para pedir alguns exames de rotina. Sou da Terceira Idade, alguns medicamentos que deveria usar, eu supro com suplementos escolhidos por mim, sempre de plantas.Assino a revista "Saúde é vital!", pesquiso na Internet. Foi assim que, por acaso, vi a matéria sobre Ora Pro Nobis (pereskia aculeata).
Nunca ouvira falar dela, acabei achando, de tanto procurar, com isso, encontrei muitos colecionadores da pereskia, se intitulam "pereskianos".Gostei, e a cada dia, fui me embrenhando no trabalho de disseminadora de pereskias. Ela é uma planta de mil utilidades, quem a conhece, se apaixona, e estava distribuindo mudas, receitas, ensinando Casas da Sopa a cultivar e a consumir o pão verde, estava muito feliz, com muitos me apoiando.Plantar e colher só para a gente, é um ato mecânico. De repente, veio a dengue, foi um transtorno. Meu lindo trabalho quase parou. Doar produz uma sensação de felicidade.




Mudas que venho doando: Ora Pro Nobis, que é o "carro-chefe".Plantamos mil estacas no Viveiro Municipal, todas foram doadas. Inclusive, das mudas que ficaram, saíram muitas outras estacas. Na ocasião, doei cem estacas para a Unicastelo, dez para Unesp de Ilha Solteira. Duzentas foram para Mira Estrela, 40 eu mesma levei para a APROFISA de Ilha Solteira. 260 estacas, doei para uma amiga que plantou para cobrir um alambrado de 100 metros de uma chácara. Isto em 2007. Em 2008, enviei umas 80 para Suzano, umas 150 para Lins, 420 para Votuporanga, umas 70 para a Horta Municipal daqui mesmo, 19 para Macedônia. Muitas outras para diversas pessoas. Moringa Oleifera. Enviei sementes para Promissão, Ilha Solteira, Suzano, Lins. Sobre a moringa: Moringa oleífera é versátil e com potencial em horticultura.
Astrapéia: Não é planta comestível, ela tem lindas flores, serve para plantar nas calçadas, de muita utilidade na apicultura, floresce na época de escassez de mel, em julho/agosto/setembro. Eu não tenho a planta em casa, colho estacas dos amigos e envio para os interessados. As estacas são fáceis de pegar.
Amor Agarradinho(antigonum leptopluz) também é uma trepadeira com lindas flores, florecem o ano todo, ajudando na apicultura em épocas de escassez.
Foi acontecendo, por acaso. Assisti no Globo Repórter sobre a moringa e fui procurar, na CATI. Me informaram que tinha no Pólo Regional e fui buscar, ganhei sementes e folhas. Quando vi a Ora Pro Nobis, liguei no Pólo novamente, eles não tinham no momento, mas me trouxeram mudas de suas terras. Ganhei tantos, fiz muitas amizades, aprendi tantas coisas. Comecei a distribuir timidamente, de repente, conheci mais pessoas, tive mais informações, e lá estava eu nesse turbilhão de troca de sementes e mudas. É como o colecionador de orquídeas, fica trocando mudas, e tem uma turma seleta. Eu conheci muita gente que coleciona pereskias, todos eles fazem doação de mudas, direcionam para trabalhos sociais. A dengue foi um acidente de percurso,comecei a fazer trabalho porque desejo que este flagelo desapareça da face da Terra. É muito sofrimento, pessoas perderam seus filhos, perderam emprego por estarem doentes. Eu acho que esta doença, por ser nova, não tem Legislação que dá direito a Atestado Médico. Também, tem pessoas que passam com a forma leve.Muitas pessoas me relataram que sofreram muito, "quase morri", disseram. O empregador que não teve nenhum caso de dengue na família, não compreende porque uma pessoa não consegue trabalhar e tem demitido. Tem muitos casos que a pessoa passa muito mal, por muitos dias, é bem pior que a virose. Deixa a pessoa prostrada. É uma doença injusta. Para piorar, o mosquito virou bichinho doméstico, difícil acabar com ele,ao menor descuido, vira epidemia. Eu já tive as duas formas da dengue, por enquanto, estou imune ao sorotipo decorrente, mas, se descuidarem, ainda corro risco de vida, do terceiro sorotipo vir do Rio de Janeiro. Por Ioshiko Nobukuni nobukunister@gmail.com

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

GRATÍSSIMA DEIXOU UM COMENTÁRIO ESPECIAL EM


HORTA CASEIRA E ORGÂNICA

Márcia... será um luxoooo você ter uma melancia no seu quintal... Que legal!!!

Suas plantinhas estão lindas mesmo... bem viçosas, né?

Vou plantar minhas mudinhas nos vasos definitivos, fotografar e depois te enviar, ok?

Meus tomatinhos cereja deram 26 mudinhas, que estão com uns 3 cm de altura... Algumas estão ficando meio amareladas... preciso mudar pros vasos urgente... (será que tô regando demais? fico com dó e molho todas as noites, pois a terra fica seca com o calor que tem feito aqui...) sementes de tomate cereja que Gratíssima colocou para secar

bjo e fiquem com Deus... vc, marido, filhos, netinhos e lady Catu, claro...

Gratíssima é assídua leitora e sempre deixa comentários interessantes como este. Antes de mais nada, obrigada pelo carinho e confiança, aviso que Lady Catú já deu à luz 4 lindos gatinhos (alguém quer gatinhos?). Gratíssima já me enviou por e-mail algumas fotos de suas plantas e eu me lembro bem de quando colocou seus tomatinhos cereja para secar. Segundo minha pouca experiência (não sou agrônoma), os tomates já podem ser transplantados, eles precisam de boa insolação e regas constantes, mas com dois apartes:
1- Tomate não gosta de água nas folhas, molhe apenas a terra, verifique a umidade da terra, enfie o dedo, se sentir umidade, não há necessidade de molhar;
2- Evite molhar as folhas com água de cloro e isso vale para todas as plantas, molhe a terra com água da torneira, mas tenha uma bombinha com água mineral para lavar as folhas de vez em quando, elas precisam respirar.

Aqui, algumas fotos que Gratíssima me enviou de sua varanda

(este espécime é um pé de Matheus, único, raro e inestimável pé de Matheus)







Tanto carinho e capricho mereciam um destaque, toda semana escolherei um comentário e farei uma postagem aqui, na Galeria dos leitores. Se desejar que as fotos de suas plantas sejam, postadas, basta enviar para meu e-mail: marciarnegreiros@gmail.com

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

MUDAS DE AÇAFRÃO DA TERRA (CURCUMA LONGA)



Devido a enorme procura por mudas de curcuma longa quero avisar que no momento não disponho de mais rizomas, bem por que a época da colheita será em meados do ano que vem. Aviso também que a quantidade de rizomas que poderei disponibilizar só será viável para hortas caseiras e consumo próprio. Como podem ver pela foto é possível ter açafrão em casa mesmo dispondo de pouco espaço. Neste tamborzinho de 18 litros eu plantei 5 rizomas e quando fui colher ele estava super lotado, neste ano plantei apenas dois rizomas e a colheita foi praticamente a mesma. Quem estiver interessado envie um e-mail para contato para marciarnegreiros@gmail.com

domingo, 8 de novembro de 2009

FAZENDA RIBEIRÃO .... HISTÓRIA DE LUTA PELO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DE UMA REGIÃO



Quem acompanha o PLANTAR & CULTIVAR desde o seu inicio conhece esta imagem. É um óleo sobre tela que pintei a partir de uma foto de infância da fazenda onde fui criada. Meses atrás estive nesta mesma fazenda e como tudo nesta vida o tempo deixou suas marcas. Conversei com o atual proprietário, colega de infância, o Antonio e ele me contou boa parte de sua história de luta para que a Fazenda Ribeirão volte aos seus dias de glória. Vou deixar que ele mesmo conte sua história.

Antonio (atual proprietário)

A Fazenda Ribeirão, propriedade que envolvia em sua área grande porção da Serra do Japi, na região de Jundiaí. Em seus mais de 800 alqueires em 1890, desenvolvia o plantio de 120 mil pés de café, uva e pastagens. Fornecedora de água para cidade de Jundiaí, graças à parceria do Coronel Antonio Mendes Pereira e a Câmara Municipal de Jundiaí datado de 1901, ainda preserva nos dias de hoje tal acordo inclusive na manutenção da adutora que atravessa toda a Fazenda Ribeirão.
Na década de sessenta foi palco e cenário para o filme de Amacio Mazzaropi, ícone do cinema nacional, Casinha Pequenina, onde Tarcísio Meira estreou sua carreira no cinema.Tem sido local muito procurado para a soltura de animais silvestres, visitas ao Casarão de dois séculos, caminhadas ecológicas, programas de conscientização ambiental, entre outras.
As características, do solo e a vegetação composta por cactos Mandacaru, Pau Jacaré, bromélias etc., em solo quartizitico, são contemplados pelos aficionados da Serra do Japi por toda a beleza e conservação nos dias de hoje.



A ligação entre as Fazendas Ribeirão e Ermida.

Por volta de 1910, Eloy de Miranda Chaves “O Pai da Previdência Nacional”, adquiriu a Fazenda Ermida e casou-se com uma filha do Coronel Antonio Mendes Pereira e adquiriu também a Fazenda Ribeirão que havia sido deixada por Herança aos cunhados.
Eloy teve dois filhos, Vail e Antonieta que se casou com Antonio C.Gordinho, mas que não tiveram filhos e constituíram a chamada Cidade dos Meninos inspirada em um filme americano da década de 50.
Em 1980 o remanescente da Fazenda Ribeirão, pois grande parte dela já havia sido vendido, foi comprada pelo Primo Irmão de Vail e Antonieta,Bento T. Mendes Pereira

A Cidade dos Meninos é uma Empresa constituída, denominada como Fundação Antonio e Antonieta Cintra Gordinho. Essa Empresa, que tem fins lucrativos, herdou todos os bens de Antonieta e Vail, e os administra com o objetivo de manter a Cidade dos Meninos, agora chamada de Cidade das Crianças, pois passou a aceitar meninas. Portanto passou a ser a vizinha da Fazenda Ribeirão.

O Projeto



Atualmente a Fazenda Ribeirão explora pecuária, piscicultura, Palmito Pupunha, Mel, entre outras pequenas culturas de época. Mas estamos trabalhando mais preocupados é com a conscientização ambiental. Com isso desenvolvemos uma atividade pedagógica que através de caminhadas ecológicas e contos mostram que pequenos hábitos fazem uma grande diferença.

O PASSADO

O PRESENTE

Os Entraves


Nosso único entrave veio de onde ninguém imaginava. A Fundação AACGordinho, embora constituída há 52 anos, passou a administrar a Fazenda Ermida a poucos anos, cometendo alguns erros; um deles foi fechar uma estrada existente a 110 anos no ano passado, deixando a Fazenda Ribeirão, que sempre a utilizou, sem luz e telefone por falta de manutenção, visto que proibia a passagem, não só dos moradores da Fazenda Ribeirão, mas também da Cia de Energia Elétrica e Telefonia fixa, obrigando nossa desistência do projeto de conscientização.
As iniciativas do Governo de São Paulo com o Trem Turístico – Passeio Ecológico, a Prefeitura de Jundiaí - Secretarias de Meio Ambiente, Cultura e Educação, o ETEC Benedito Storani – Estagiários de Turismo, o Circuito das Frutas, e aquelas escolas que nos tinham como parceiros, TODOS lamentaram muito nossa desistência.



Sanados, ainda não, mas ...

Como não havia outro meio, visto que nenhum tipo de acordo foi aceito pelos administradores da Fundação, embora até o Juiz da 3ªvara cível de Jundiaí tenha tentado, foram 4 mandados Judiciais com reforço policial para que o telefone fosse consertado e para garantir a manutenção da rede elétrica.




Circuito das Frutas:

A Fazenda Ribeirão entrou para o Circuito das Frutas após muita insistência do seu Presidente José Luiz Rizzato, ele nos fez ver o grande potencial da Fazenda, a partir daí passamos a desenvolver nosso projeto com o SEBRAE e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Jundiaí. Por exemplo, o Trem Turístico – Passeio Ecológico foi montado pela Fazenda Ribeirão e a aprovação dos Passageiros foi enorme.





Fazenda Ermida

Há alguns meses atrás, a Fundação AACGordinho, proprietária da Fazenda Ermida, solicitou à Prefeitura de Jundiaí o tombamento da Sede da Fazenda. Os 26 mil mts2 da área do Casarão agora são patrimônio da Cidade de Jundiaí, isso é muito bom, pois passará agora a ter os devidos cuidados e será aberta ao público.




Antonio disse pouco a respeito dos problemas que infelizmente a proibição da Fundação quanto ao livre acesso pela antiga estrada de servidão tem causado. Um dos maiores prejuízos é para a cultura e história de toda aquela região visto que pela estrada de servidão a ligação entre as duas fazendas é feita em poucos minutos e seria de grande interesse para o turismo ecológico. Com o intuito de fazer valer a justiça os antigos moradores da fazenda Ermida são testemunhas da existência desta estrada de ligação e para me juntar ao coro foi que enviei ao Jornal de Jundiaí a carta que transcrevo a seguir:

Lavras, 26 de agosto de 2009

CARTA ABERTA

A quem interessar possa.

Mudamos para a Fazenda Ermida no ano de 1966. Nunca me esqueço desta data, pois foi o ano em que meus pais me matricularam no então G.E. “RAFAEL DE OLIVEIRA”. Nesta época a Fazenda Ribeirão era apenas um retiro da Fazenda Ermida, portanto passei toda a minha infância e juventude nas duas fazendas. O acesso ao Ribeirão era feito por uma larga e bem conservada estrada. Sai da Fazenda Ermida com 24 anos, tenho hoje 49 e minha memória é muito boa.

A estrada de servidão que ligava a Ermida ao Ribeirão margeava a antiga represa, que arrebentou por falta de manutençaõ, e em recentes fotos do Google Earth (2005) ainda é possível se delinear seu traçado. O trânsito de carros, caminhões e pedestres era livre e seguro, visto que a conservação da estrada era periódica. Lembro-me bem que o 12º G.A.C (GRUPO DE ARTILHARIA DE CAMPANHA) de Jundiaí , utilizou por inúmeras vezes esta mesma estrada para transporte de tropas e equipamentos de grande porte, fato que seria impossível se a dita estrada nada mais fosse que uma trilha de carroças como alegam os despreparados representante da Fundação Antonio e Antonieta Cintra Gordinho.

Não faço idéia dos motivos que levaram a Fundação a inventar tal disparate e ainda mais tentar desmoralizar a palavra de tantos cidadãos idôneos. Tive o privilégio de conhecer Dona Antonieta e Dr. Vail pessoalmente e não acredito que seriam coniventes com tal arbitrariedade.

Reconheço o belo trabalho que a fundação realiza junto a crianças especiais. Entretanto o projeto FAZENDA RIBEIRÃO também é importantíssimo para o desenvolvimento sustentável da região com passeios ecológicos, trilhas e o que considero a chave de todo o projeto, restaurar a antiga sede da Fazenda Ribeirão e transportá-la aos dias de glória e beleza que ainda é possível entrever naquelas paredes, janelões e portais vandalizados. Fiquei impressionada com o trabalho solitário de Antonio Luiz Mendes Pereira um dos atuais proprietários da Fazenda Ribeirão, bis neto do Coronel Antonio Mendes Pereira e sobrinhos de Antonieta e Vail e que com a ajuda de sua esposa Andrea, vem resgatando pouco a pouco, o antigo casarão, e isso, sem as inúmeras doações da Prefeitura de Jundiaí, Empresas diversas e descontos em impostos que a Fundação é beneficiada.

Ass. Marcia Regina de Negreiros

Outra carta enviada por Silvia (minha prima que também morou na fazenda Ermida)

A/C
Sr. Antonio Luis Mendes Pereira

Estive na Fazenda Ribeirão em 25 de Janeiro de 2009, com um grupo do SESC de Campinas onde na chegada nos esperava um delicioso café da manhã. Enquanto tomávamos o café, ouvíamos histórias sobre a Fazenda Ribeirão que mais parece um pedacinho do céu.
Fizemos uma caminhada ecológica, passeamos por entre a vegetação da Serra do Japi, por trilha Secular. Foi um dia lindo.
Então este lugar é simplesmente adorável, resolvi voltar ali é fazer outro passeio.
Qual não foi a minha surpresa, o Sr Antonio Luis Mendes Pereira disse ter se desligado do programa cultural do circuito das frutas e do Expresso Turístico, que traz turista da Capital para visitar as Fazendas em Jundiaí.
E foi aí que fiquei sabendo o que havia acontecido.
No passado as Fazendas Ribeirão e Ermida eram uma só, foram separadas mas, a estrada servidão que liga a Fazenda Ribeirão à Rodovia Mal Rondon que atravessa a Ermida, continuou a ser utilizada. Nessa estrada estão também os postes da rede elétrica e de telefonia, da Fazenda Ribeirão.
A Fundação Antonio e Antonieta Cintra Gordinho é a nova proprietária da Fazenda Ermida, pois recebeu em doação dos antigos proprietários, e resolveu fechar esta passagem de ligação após 100 anos de uso, alegando que existe outra entrada para a Fazenda Ribeirão, só que como os postes da rede elétrica e telefonias passam nessa estrada, é necessário que ela continue aberta, pois é por ela que é feita a manutenção incluindo os serviços diversos da própria Fazenda Ribeirão.
Então o turismo da Fazenda Ribeirão está sendo prejudicado devido a esta estrada estar fechada.
Espero voltar naquele pedacinho de céu logo logo.



Silvia Daniele

Esta outra carta foi enviada em conjunto pelas testemunhas do processo.

CARTA DOS ABALADOS

Estamos ainda abalados com o que ouvimos no dia 26/08/2009, as 14:00 hs
No Fórum de Jundiaí, onde aconteceu a Audiência entre Fundação Antonio e Antonieta Cintra Gordinho e a Fazenda Ribeirão, onde esta solicita que a estrada Servidão, continue aberta como sempre foi, para servir as pessoas e a manutenção de sua rede Elétrica e Telefonia..
Estamos indignados e mais ainda, tivemos que ouvir da parte da Fundação, não só muitas mentiras, como também pelo seu representante(...), Dizer que nossos documentos eram FORJADOS isso mesmo, foi esta a palavra que ele usou FORJADOS.
Disse também que estamos enganados e que a estrada em questão a
( Sevidão ) era uma trilha.
Ora meus amigos agora eu digo que por muitos anos, mas muitos anos mesmo, passei naquela estrada e sei também que por ela sempre passou:
Carros, caminhões, que acho esses veículos não medem um metro e meio
Como disse o advogado da Fundação A. e A. C. G. .
E se hoje eles querem acabar com essa estrada a qualquer preço, trancando porteiras, deixando que o mato tome conta e animais pisoteando para parecer que ali nunca ouve uma estrada.
A quem eles querem enganar, levando testemunhas para dizer só o que eles querem ouvir, e não a verdade.
E nos sabemos o quanto aquela estrada foi e é útil para todos, inclusive para o município de Jundiaí, com objetivo cultural, afinal as Fazendas Ermida e Ribeirão eram uma só, e para chegar de uma a outra,essa estrada servidão a distância era e continua sendo mais curta.
Pessoas moravam na Fazenda Ermida e trabalhavam na Fazenda Ribeirão, assim com as que moravam na Fazenda Ribeirão, tinham que se locomover para compras,escolas e mesmo trabalhar, e tudo era feito por essa estrada ( a Servidão).
Hoje elas são divididas, mas, ainda fazem parte da história pois nelas existiam senzalas que significa cultura e fazer parte de uma época muito importante, onde as crianças só ficam sabendo através de livros.
E porque não levar alunos das escolas para saber e ver de perto parte
dessa historia.
Então estaremos ajudando também as 2000 mil crianças da Fundação A.A.C.G. em deixar a estrada Servidão aberta para fazer passeios até a Fazenda Ribeirão, e saber como ela era no passado e agora ainda pode continuar presente também na vida de nossas crianças. Ora isso só vai acrescentar e nunca diminuir no aprendizado.
A própria Fundação poderá proporcionar dias melhores a essas crianças que já tem tão pouco.
Então deixamos aqui o nosso desabafo em ver tanta coisa errada que poderia ser revertido ás próprias crianças da Fundação Antonio e Antonieta Cintra Gordinho

Imagens: Arquivos do Museu Mazzaropi - arquivos do PLANTAR & CULTIVAR
Entrevista concedida por Antonio Luiz Mendes Pereira
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